ASA-BRANCA
(Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira)
Raimundo Fagner - 1996
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu preguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornáia
Nem um pé de prantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa-branca bateu asas do sertão
Entonce eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo o meu coração
Hoje, longe muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortá pro meu sertão
Quando o verde dos teus óio
Se espaiá na prantação
Eu te asseguro, não chore não, viu
Que eu vortarei, viu, meu coração...