AVE NOTURNA
(Raimundo Fagner / Cacá Diegues)
Raimundo Fagner - 1975
Nenhuma ave noturna tão triste não pode ser
eu sou igual ao deserto onde ninguém quer viver
eu sou a pedra de ponta areia quente nos dedos
eu sou chocalho de cobra incêndio no arvoredo
eu sou vereda de espinhos seca flor no joazeiro
fogueira do meio dia eu sou o tiro certeiro
Nenhuma ave deserta Noturna não pode ser
eu sou igual ao tão triste onde ninguém quer viver.